O meu fascínio pelos automóveis começou muito cedo. Os meus pais contavam que uma das primeiras palavras que aprendi a dizer tinha sido Nash, uma marca americana de automóveis que, nos anos 50, tinham umas linhas aerodinâmicas muito futuristas.
Durante a minha infância no liceu, desde que dominei um pouco o francês, fui leitor fiel da “L’Automobile” e mais tarde, quando comecei a aprender inglês. não perdia um “Car and Driver” e o “Road and Track”. Mais tarde, descobri as motas e juntou-se o “Cycle” às minhas leituras habituais.
Estas leituras eram profundamente desprezadas pelos meus amigos intelectuais mais à esquerda e ignoradas pelos outros amigos mais à direita para quem o futebol era o interesse máximo.
E lá fui crescendo na realidade sem ter ninguém com quem partilhar este meu interesse, mas o que é certo é que estas revistas serviram para que me tornasse fluente em francês e inglês.
Acabei também por adquirir uma cultura razoável sobre motores. Os carros e motas de competição com a sua lógica de form follows function e o seu despojamento de tudo o que não é essencial para mim são sempre fascinantes.
Aqui fica uma seleção de carros e motas, dos anos trinta, de marcas que tiveram o seu momento de glória mas que acabaram por desaparecer.
Manuel Rosário
Maio, 2022
Galeria de Imagens
Fotografias tiradas por Manuel Rosário e Minnie Freudenthal no encontro Vintage Revival Montlhéry, em 2015, perto de Paris. Este encontro foi finalmente retomado, em Maio deste ano.