São oito mil instrumentos musicais de todo o mundo.
Num edifício destinado desde 2010 à exibição desta espantosa colecção, cada continente e cada país tem um espaço dedicado, com os instrumentos característicos de cada um, expostos. Há violas, violinos, guitarras, alaúdes, flautas, gaitas e ocarinas. Há xilofones e maquinetas de que imediatamente esquecemos o nome. Uns são rústicos, tipo flintstones, outros obras primas de marqueterie. No centro da exibição um ecrã de televisão mostra os mesmos instrumentos tocados pelos indígenas locais (da Noruega ao Burkina-Faso). A banda sonora é transmitida aos auscultadores estéreo que usamos permanentemente nas nossas deambulações pelo museu. Ao chegarmos perto do stand em que estamos interessados, o som original do vídeo é captado pelos auscultadores.
E subitamente, o espectáculo da música acontece. O uso prático de cada instrumento no ecrã dá vida aos que pendem da parede, belíssimos e silenciosos.
São cento e cinquenta países. Um dia inteiro passa num ápice.
E ainda por cima o restaurante da casa é excelente, uma qualidade inesperada nos EUA.
Venho muitas vezes ao MIM. Vale bem os cento e cinquenta quilómetros entre Tucson e Phoenix.
E cumpro também a rotina de me ir queixar à gerência, por não terem incluído o Carlos Paredes no pequeno documentário dedicado à música instrumental portuguesa.
Preencho o formulário das reclamações e regresso a casa.
Jose Luís Vaz Carneiro
Setembro, 2023












Fotos de José Luís Vaz Carneiro